domingo, 28 de fevereiro de 2010

Série: Saber > O Tao da Física > Fritjof Capra


Um Paralelo entre a Física Moderna e o Misticismo Oriental

Em um verão de 1969, Capra estava sentado em frente ao mar, numa praia da Califórnia, observando as ondas e refletindo sobre os vários movimentos rítmicos da natureza: as ondas, as batidas do coração e o ritmo da respiração associando-os ao que ele sabia, intelectualmente, sobre a "estrutura" física da matéria, que é composta de moléculas e átomos em constante vibração...

A união disso tudo, somado aos seus estudos e vivências de tantos anos em Física, juntamente com a visão paradisíaca da praia em que estava, acabou por estimular em Capra, subtamente, aquilo que os psicólogos transpessoais, especialmente Abraham Maslow, chamam de peak experiences, ou experiências culminantes, que são "estalos" intuitivos, ou, consoante a os americanos, insights de súbita compreensão intuitiva sobre algo que se percebe e que está além do nível convencional de racionalização linear. Segundo as palavras do próprio Capra:

"Neste momento, subitamente, apercebi-me intensamente do ambiente que me cercava: este se afigurava a mim como se participasse, em seus vários níveis ritmicos, de uma gigantesca dança cósmica.
Eu sabia, como físico, que a areia, as rochas, a água e o ar ao meu redor eram constituídos de moléculas e átomos em vibração constante (...). Tudo isso me era familiar em razão de minha pesquisa com a Física de alta energia; mas até aquele momento, porém, tudo isso me chegara apenas através de gráficos, diagramas e teorias matemáticas.
Mas, sentando na praia, senti que minhas experiências anteriores subitamente adquiriam vida. Assim, eu "vi" (...) pulsações rítmicas em que partículas eram criadas e destruídas (...) Nesse momento compreendi que tudo isso se tratava daquilo que os hindus, simbolicamente, chamam de A Dança de Shiva (...)".

Trecho do texto: Sobre o Tao de Capra
Aureo H. Ogino, Gumercindo Lobato, Rodrigo R. Cuzinatto

Mais informações:
http://www.ime.usp.br/~cesar/projects/lowtech/ep2/tao/tao.htm



Série: Fases da Vida > AMARO VAZ


VELHICE

Tantos pardais, - nenhuma andorinha-
Vejo nas praças da minha velhice
Vem a saudade, eu vôo à meninice
E ao voar,tremula a velha asinha.

Cresci, envelheci, eu sei...dignamente
Por isso eu me orgulho do passado
Até aquele antigo passo errado
Promove o conhecer-me plenamente.

Voltando às andorinhas de outrora
Eu tento descobrir o dia e a hora
Do vôo cego...da minha despedida.

Espero, que não me expulsem, os pardais
Sou uma velha andorinha, nada mais...
deixe-me, em paz ,dizer adeus à vida.

AMARO VAZ

By Margôt (Orkut)


sábado, 27 de fevereiro de 2010

Série: Amores Eternos


CÂNTICO DE LÍVIA

Alma gêmea de minha alma
Flor de luz de minha vida
Sublime estrela caida
Das belezas da amplidão...

Quando eu errava no mundo
Triste e só, no meu caminho,
Chegaste, devagarinho,
E encheste-me o coração.

Vinhas na benção das flores
Da divina claridade,
Tecer-me a felicidade
Em sorrisos de esplendor!

És meu tesouro infinito.
Juro-te eterna aliança
Porque sou tua esperança,
Como és todo meu amor!!

Alma gêmea de minha alma
Se eu te perder algum dia
Serei tua escura agonia,
Da saudade nos seus véus...

Se um dia me abandonares
Luz terna dos meus amores,
Hei de esperar-te, entre as flores
Da claridade dos céus.

- Emmanuel / Chico Xavier -





sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Série: Reflexão > Sun Tzu - A Arte da Guerra


" Se você conhece a si mesmo e a seu inimigo,
não deverá temer o resultado de cem batalhas;
se você conhece a si mesmo mas não ao seu inimigo,
para cada vitória sofrerá uma derrota.
Mas se você não conhece a si mesmo
e nem ao seu inimigo
perderá todas as batalhas."

(Sun Tzu - A Arte da Guerra)


Série: Poetas Prediletos > Pablo Neruda


Vês estas mãos?
Mediram a terra, separaram os minerais e os cereais,
fizeram a paz e a guerra, derrubaram as distâncias
de todos os mares e rios,
e, no entanto, quando te percorrem a ti,
pequena, grão de trigo, andorinha,
não chegam para abarcar-te,
esforçadas alcançam as palomas gêmeas
que repousam ou voam no teu peito,
percorrem as distâncias de tuas pernas,
enrolam-se na luz de tua cintura.
Para mim és tesouro mais intenso de imensidão
que o mar e seus racimos
e és branca, és azul e extensa como a terra na vindima.
Nesse território, de teus pés à tua fronte,
andando, andando, andando, eu passarei a vida.

PABLO NERUDA

Pablo Neruda, pseudônimo de Neftalí Ricardo Reyes Basoalto, nasceu a 12 de julho de 1904, em Parral, no Chile. Poeta chileno, considerado um dos mais importantes literatos do século XX.
Seu pseudônimo foi escolhido para homenagear o poeta tcheco Jan Neruda.
Sua obra é lírica, plena de emoção e marcada por um acentuado humanismo.
Em 1971, Neruda recebeu o Prêmio Nobel de Literatura e o Prêmio Lênin da Paz. Antes havia sido agraciado com o Prêmio Nacional de Literatura (1945). Morre em 1973.

http://www.pensador.info/autor/Pablo_Neruda/biografia/



quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Série: Reflexão > Humberto Rohden


Ser feliz
é estar em perfeita harmonia
com a constituição do Universo.
A felicidade é a suprema auto-realização do ser.

Humberto Rohden

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Série: Saber > Caleidoscópio de Brewster


Instrumento inventado pelo físico escocês David Brewster, em 1816. É um aparelho óptico formado por um tubo de cartão ou de metal que contêm no interior pequenos fragmentos de vidro colorido que são reflectidos por pequenos espelhos inclinados, originando combinações variadas e agradáveis conforme o tipo de movimento a que o caleidoscópio for sujeito.
Durante muito tempo funcionou como um brinquedo divertido, mas hoje é utilizado para fornecer padrões de desenho.

Pesquisa

http://mfisica.nonio.uminho.pt/patrimonio/alfa/pat_alf_c.html


Série: Poetas Prediletos > Vicente de Carvalho


VELHO TEMA
Vicente de Carvalho

Só a leve esperança, em toda a vida,
Disfarça a pena de viver, mais nada;
Nem é mais a existência, resumida,
Que uma grande esperança malograda.

O eterno sonho da alma desterrada
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada
E que não chega nunca em toda a vida.

Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim: mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos.


BIOGRAFIA

Vicente Augusto de Carvalho, o "Poeta do Mar", nasceu em Santos (SP), em 05/04/1866, lá falecendo no dia 22/04/1924. Poeta, contista, advogado, jornalista, político e magistrado, por motivos políticos mudou-se para a cidade de Franca (SP) e tornou-se fazendeiro. Em 1901, regressou a Santos, dedicando-se à advocacia. Mudou-se para São Paulo (SP), em 1907, onde foi nomeado juiz de direito. Em 1914, passou a ministro do Tribunal de Justiça do Estado. Foi grande artista do verso, da fase criadora do Parnasianismo. No fim da vida, cansou-se do jornalismo, mas continuou em contato com seus leitores através dos versos que publicava nas páginas da revista "A Cigarra". Ocupou a Cadeira 29 da Academia Brasileira de Letras, tendo sido eleito em 1º de maio de 1909, na sucessão de Artur Azevedo.

OBRAS:

Ardentias (1885);
Relicário (1888);
Rosa, rosa de amor (1902);
Poemas e canções (1908);
Versos da mocidade (1909);
Verso e prosa (1909);
Páginas soltas (1911);
A voz dos sinos (1916);
Luizinha, contos (1924);
Discursos e obras políticas e jurídicas.

Poema extraído do livro "Poemas e canções", Ed. Saraiva - São Paulo, 1965.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Série: Poetas Prediletos > Carlos Drummond de Andrade


NÃO DEIXE O AMOR PASSAR
Carlos Drummond de Andrade

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.
Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.



Venha tomar um café e prosear...


O café é tão grave, tão exclusivista, tão definitivo
que não admite acompanhamento sólido. Mas eu o driblo,
saboreando, junto com ele, o cheiro das torradas-na-manteiga
que alguém pediu na mesa próxima.

Mário Quintana