segunda-feira, 27 de outubro de 2014


 OS INSTANTES SUPERIORES DA ALMA

Os instantes Superiores da Alma
Acontecem-lhe - na solidão -
Quando o amigo - e a ocasião Terrena
Se retiram para muito longe -

Ou quando - Ela Própria - subiu
A um plano tão alto
Para Reconhecer menos
Do que a sua Onipotência -

Essa Abolição Mortal
É rara - mas tão bela
Como Aparição - sujeita
A um Ar Absoluto -

Revelação da Eternidade
Aos seus favoritos - bem poucos -
A Gigantesca substância
Da Imortalidade




© EMILY DICKINSON
Tradução de Nuno Júdice
In Poemas e Cartas

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Coragem - Osho


CORAGEM
Osho

A palavra coragem é muito interessante. 
Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". 
Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. 
E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. 
Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.

O caminho do coração é o caminho da coragem. 
É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. 
Coragem é seguir trilhas perigosas. 
A vida é perigosa. 
E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. 
A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. 
O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. 
O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. 
Ela sempre calcula – ela é astuta. 
O coração nunca calcula nada.

Solidão - Francisco Cândido Xavier


SOLIDÃO
 Francisco Candido Xavier

O sentimento de solidão em quem não procura ser útil é muito mais forte - 
acaba por transformar-se em doença.

Eu, por exemplo, não pude constituir uma família propriamente minha, 
mas, todos os dias, havia muito serviço à minha espera.

Participei da criação de meus irmãos, filhos do segundo casamento de meu pai, de meus sobrinhos ...

A Humanidade é a extensão de nossa família consangüínea.

A solidão é sofrimento voluntário, pois é a pessoa que escolhe enclausurar-se.

Conheci diversas senhoras que moravam sozinhas, mas transformavam as suas casas em oficinas do Bem: costuravam para os mais pobres, atendiam os famintos que lhes batiam à porta ...

A solidão, em muita gente, se camufla de ociosidade.

É a nossa tendência ao comodismo ...

Eu gosto muito de animais, mas não podemos viver só para eles !

A pessoa sem compromisso da família menor tem o compromisso da família maior.

Graças a Deus, solidão foi coisa que eu nunca senti...

Aquele que quiser ser útil, não chega para as encomendas.

Solidão não é estar sozinho; é tempo desocupado. 






 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011


PASSAGEM DO ANO

Carlos Drummond de Andrade 

O último dia do ano
não é o último dia do tempo.
Outros dias virão
e novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida.
Beijarás bocas, rasgarás papéis,
farás viagens e tantas celebrações
de aniversário, formatura, promoção, glória, doce morte com sinfonia e coral,
que o tempo ficará repleto e não ouvirás o clamor,
os irreparáveis uivos
do lobo, na solidão.

O último dia do tempo
não é o último dia de tudo.
Fica sempre uma franja de vida
onde se sentam dois homens.
Um homem e seu contrário,
uma mulher e seu pé,
um corpo e sua memória,
um olho e seu brilho,
uma voz e seu eco,
e quem sabe até se Deus...

Recebe com simplicidade este presente do acaso.
Mereceste viver mais um ano.
Desejaria viver sempre e esgotar a borra dos séculos.
Teu pai morreu, teu avô também.
Em ti mesmo muita coisa já expirou, outras espreitam a morte,
mas estás vivo. Ainda uma vez estás vivo,
e de copo na mão
esperas amanhecer.

O recurso de se embriagar.
O recurso da dança e do grito,
o recurso da bola colorida,
o recurso de Kant e da poesia,
todos eles... e nenhum resolve.

Surge a manhã de um novo ano.

As coisas estão limpas, ordenadas.
O corpo gasto renova-se em espuma.
Todos os sentidos alerta funcionam.
A boca está comendo vida.
A boca está entupida de vida.
A vida escorre da boca,
lambuza as mãos, a calçada.
A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia.


 

sábado, 24 de dezembro de 2011

O Papai Noel - origem e tradição



O Papai Noel : origem e tradição

Estudiosos afirmam que a figura do bom velhinho foi inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas.

Foi transformado em santo (São Nicolau) pela Igreja Católica, após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele.

A associação da imagem de São Nicolau ao Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos, ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal.

A roupa do Papai Noel 

Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. A roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto, criada por Nast foi apresentada na revista Harper’s Weeklys neste mesmo ano.

Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores do refrigerante. A campanha publicitária fez um grande sucesso, ajudando a espalhar a nova imagem do Papai Noel pelo mundo.

Curiosidade: o nome do Papai Noel em outros países

- Alemanha (Weihnachtsmann, O "Homem do Natal"), Argentina, Espanha, Colômbia, Paraguai e Uruguai (Papá Noel), Chile (Viejito Pascuero), Dinamarca (Julemanden), França (Père Noël), Itália (Babbo Natale), México (Santa Claus), Holanda (Kerstman, "Homem do Natal), POrtugal (Pai Natal), Inglaterra (Father Christmas), Suécia (Jultomte), Estados Unidos (Santa Claus), Rússia (Ded Moroz).

Pesquisa> http://www.suapesquisa.com/historiadonatal.htm

O presépio - Músicas natalinas


O presépio também representa uma importante decoração natalina. Ele mostra o cenário do nascimento de Jesus, ou seja, uma manjedoura, os animais, os reis Magos e os pais do menino. Esta tradição de montar presépios teve início com São Francisco de Assis, no século XIII. 
As músicas de Natal também fazem parte desta linda festa.





A Árvore de Natal


A ÁRVORE DE NATAL

Em quase todos os países do mundo, as pessoas montam árvores de Natal para decorar casas e outros ambientes. Em conjunto com as decorações natalinas, as árvores proporcionam um clima especial neste período.

Acredita-se que esta tradição começou em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Certa noite, enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta.

Esta tradição foi trazida para o continente americano por alguns alemães, que vieram morar na América durante o período colonial. No Brasil, país de maioria cristã, as árvores de Natal estão presentes em diversos lugares, pois, além de decorar, simbolizam alegria, paz e esperança.


 Pesquisa > http://www.suapesquisa.com/historiadonatal.htm